Faculdade de Direito: 7 coisas que o curso de Direito não te ensina

7 coisas que a Faculdade de Direito não ensina

Não posso negar que aprendi muito com a faculdade de direito, mas tive que aprender certas coisas sozinha depois de ter concluído a graduação.

É claro que existem centenas de faculdades de direito no Brasil, então provavelmente algumas delas podem abordar alguns dos itens que vou citar aqui.

Vamos seguir em frente para saber quais foram as coisas que a faculdade de direito não me ensinou, mas que eu gostaria de ter aprendido durante o curso.

Tópicos da matéria:

1. Ser um vendedor
2. Conseguir clientes
3. Dar seu preço
4. Ser empreendedor
5. Gerir um escritório
6. Fazer networking
7. Marketing jurídico

Ser um vendedor

Uma das principais coisas que a faculdade de direito não ensina é vender. E hoje em dia, estamos sempre vendendo alguma coisa, seja um produto, um serviço, nossa imagem, nosso nome etc.

Ser advogado não é diferente, temos que saber vender bem. Vender nossa advocacia, nosso know-how, nosso tempo, entre outras coisas. Porém, nenhum curso nos prepara para essa realidade.

Um bom advogado, que sabe vender, consegue alavancar sua carreira muito mais rápido do que quem não sabe. Por isso, desenvolva essa habilidade, nem que seja na marra.

Conseguir clientes

Como captar clientes é outra lição que muitos cursos de direito não ensinam e isso tem relação com o item anterior.

Muita gente, depois de ter terminado a faculdade e conquistado sua carteira da OAB, acha que vai ser fácil conquistar clientes entre os familiares e amigos, mas as coisas não acontecem dessa forma.

É preciso ter muita garra e cara de pau para conseguir clientes e isso também está ligado à área de atuação que você optar. É importante escolher bem um ramo de atuação, traçar o perfil do cliente, descobrir onde eles estão e trabalhar sua imagem profissional.

Dar seu preço

Eu não conheço nenhuma faculdade de direito que tenha algo voltado para ajudar os estudantes a precificar seus honorários quando se tornarem advogados.

Para quem não sabe (não é da área), existe uma tabela de preços da OAB, que é uma média, ou referência, do que os advogados cobram, mas não é obrigatório segui-la, pois nem todos advogados praticam o mesmo preço. Existem muitas variações que entram na conta, como por exemplo, localidade, experiência, prestígio…

Na hora de dar seu preço para o cliente, leve em consideração a sua experiência, sua graduação, suas especialidades, seus diferenciais e o que mais for relevante para você. Entenda que se você não aprender a colocar um valor em seu serviço, os outros farão isso por você, além de você correr o risco de ficar no prejuízo.

Ser empreendedor

Para os advogados que não optarem por concursos e que tenham o interesse de abrir sua própria advocacia, sinto em dizer que o curso de direito não vai te preparar para isso.

Os advogados que quiserem empreender, precisam mudar uma chave mental de “empregado” para “empregador”. Começar essa jornada do zero é um desafio enorme.

Se seu objetivo é empreender, você vai precisar estudar como funcionam os negócios jurídicos, lidar com muitos nãos, desenvolver habilidades de gerência e administração, entre outras questões, mas saiba que, apesar de ser difícil, é possível.

Não desista no primeiro obstáculo, se esse for o seu sonho.

Gerir um escritório

Ser um bom advogado, saber das leis, ser um especialista em sua área, ter um escritório maravilhoso com a melhor localização da cidade, não vão te fazer um bom chefe e isso é outra coisa que as faculdades de direito não ensinam.

Caso você seja do time empreendedor e tenha montado sua advocacia, gerir pessoas é o próximo passo para o sucesso e essa competência é de extrema importância. Escritórios com rotatividade de funcionários pode ser um sinal de má administração e o cliente percebe isso.

Os cursos de direito deveriam focar em ensinar técnicas de gestão de pessoas, como fazer boas contratações, como criar planos de carreiras para que os funcionários não se desmotivem, como engajar a equipe e como tirar destravar o máximo potencial de cada um.

Não podemos nos esquecer que as questões financeiras, a parte contábil, fluxo de caixa, análise de mercado e o marketing jurídico também são tópicos negligenciados pela maioria das faculdades de direito.

É comum ver que muitos escritórios acabam não obtendo sucesso por falta de um bom gerenciamento.

Fazer networking

O networking é, praticamente, o que vai fazer a soma de todos os itens acima acontecer e não é algo muito levado em consideração pelos cursos de direito.

Fazer e ter contatos é imprescindível para qualquer advogado, pois é através de uma rede sólida de contatos que conseguimos obter clientes, encontrar bons funcionários, criar parcerias, receber indicações e ser indicado.

Por ser não abordado profundamente na faculdade de direito, exceto nos trabalhos em grupo, fazer networking acaba sendo mais uma coisa que os advogados precisam aprender sozinhos.

O Curso de Direito não ensina o Marketing jurídico

Chegamos ao último item da minha lista de coisas que o curso de direito não ensina.

A maioria dos cursos foca somente na teoria e, depois de formado, o advogado imagina que advocacia é ter um escritório com uma mesa e ficar esperando os clientes baterem à sua porta.

Porém, com o avanço da tecnologia, o mundo está cada vez mais digital e quem não souber se adaptar, vai ficar em desvantagem.

O marketing jurídico é essencial nessa hora, pois ele usa estratégias que vão te ajudar a se posicionar no mercado fazendo com que seu trabalho chegue aos clientes certos e que os clientes certos cheguem até você.

Você pode começar aos poucos com as redes sociais e, quando for possível, contrate uma boa assessoria de marketing para alavancar seu posicionamento online.

Você aprendeu alguma das coisas acima quando fez sua faculdade de direito? Tem mais alguma coisa que os cursos de direito não ensinam que você acrescentaria nessa lista? Conta para mim nos comentários.

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